RESUMO - ENTRE EUROPEÍSMOS E AMERICANISMOS: IMPORTAÇÃO DE MODELOS E CIRCULAÇÃO DE IDEIAS NA CONSTITUIÇÃO DO ENSINO INDUSTRIAL NO BRASIL NOS ANOS DE 1930 A 1946

Sandra Maria de Assis*

Isis de Freitas Campos; Olivia Morais de Medeiros Neta

*IFRN - E-mail: sandra.assis@ifrn.edu.br


O artigo ora apresentado propõe uma discussão das ideias e referências que influenciaram a constituição do ensino industrial no Brasil, no período de 1930 a 1946, através de educadores e engenheiros educadores que, embora divergissem em algumas concepções, desejavam implantar no país, uma educação profissional amparada em ideias racionais e modernas. A pesquisa bibliográfica em Pedrosa (2014); Pronko (2018) e Cunha (2012) indica que nessa época, o processo de industrialização exigia, com certa urgência, a montagem de uma estrutura eficiente para atender as demandas de formação de mão de obra para a indústria e, de formação docente para as demandas do ensino industrial em ascensão. Nesse contexto, foram realizadas viagens pedagógicas, nas quais buscou-se, inicialmente, os modelos europeus, especialmente alemão e suíço, e, posteriormente dos Estados Unidos da América (EUA). As viagens pedagógicas de delegações enviadas a esses países resultaram em projetos que disputaram o protagonismo na formação das redes de ensino: de um lado, a constituição da rede federal de escolas industriais e, de outro, a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Técnicos estrangeiros, em sua maioria suíços foram contratados e trazidos para ensinar nas escolas de ensino técnico. Enquanto isso, o Brasil escolhia seguir na Guerra ao lado dos EUA o que influenciaria os rumos que a educação profissional tomaria a partir dessa escolha.


Palavras-chave: Viagens pedagógicas. Modelos de educação. Ensino Técnico.


Comentários

  1. Olá. Excelente.
    Poderia disponibilizar as referências completas citadas no texto?

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  2. Parabéns pela pesquisa! Gostaria que falassem mais sobre o porque dos modelos alemães, suíços e, mais tarde, norte-americanos terem sido os que mais circularam. Porque da preferência por profissionais da Suíça também?

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  3. Gostaria de saber quais fontes foram utilizadas na pesquisa para a compreensão desse processo de importação de ideias/modelos para a Educação profissional no Brasil.
    Quanto ao recorte da pesquisa, a ideia é mesmo trabalhar com o Brasil, ou essa seria uma primeira etapa de contextualização, para que, então, seja desenvolvida a pesquisa sobre um recorte mais específico. Quanto ao RN, por exemplo, nesse campo de importação de modelos pedagógicos, há o forte exemplo da Escola Doméstica e vários sujeitos que podem ser pesquisados, como Henrique Castriciano, Manoel Dantas, Cristovam Dantas, entre outros.

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  4. Excelentes contribuições! Em vista do que foi explicitado, qual a sua visão mediante as alternativas de uma educação voltada para a pedagogia da fábrica? Seria uma educação conscientizadora ou destinada a massificação das consciências?

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