RESUMO - TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: O ESTAGIO SUPERVISIONADO

Marly dos Santos Alves*

Marcelo dos Santos Alves

*IFCE - E-mail: alves.marly2010@gmail.com


O presente artigo tem como tema educação profissional e o estágio supervisionado. O  objetivo proposto é analisar o uso de oficinas pedagógicas como metodologia utilizada para fundamentar a prática dos alunos para sua atuação no período de estágio supervisionado de um dos cursos ofertados no Ensino Médio Integrado a Educação Profissional de uma escola da rede pública de ensino do Estado do Ceará. Já a algum tempo verifica-se a necessidade de mudanças na educação de profissional frente à inadequação do aparelho formador em responder às demandas sociais. As instituições têm sido estimuladas a transformarem-se na direção de um ensino que, dentre outros atributos, valorize a equidade e a qualidade e a eficiência e relevância do trabalho (BERBEL, 1998).  A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394/96, vem respaldar um modelo de educação baseada no desenvolvimento de competências, definindo, entre suas finalidades, o estímulo ao conhecimento dos problemas do mundo atual (nacional e regional) e a prestação de serviço especializado à população, estabelecendo com ela uma relação de reciprocidade (BRASIL, 1996).O caminho metodológico foi à pesquisa qualitativa, descritiva baseada em um estudo de caso, para Fonseca (2008, p. 37) “nesse tipo de pesquisa, o pesquisador se propõe a participar, compreender e interpretar as informações”. A coleta de dados foi feita com o uso de um questionário que buscou responder ao objetivo proposto no trabalho. Os questionários foram aplicados a 20 estudantes do 3º ano do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional de uma escola do Estado do Ceará, a faixa etária dos alunos 16 a 18 anos. As oficinas teóricas aconteceram no inicio do período de estagio dos alunos, após as oficinas os alunos faziam a analise do recurso usado para auxiliar nos conteúdos teóricos necessários ao estagio. De acordo com as respostas dos alunos, as aulas diferenciadas realizadas através de oficinas, possibilitou que eles conseguissem assimilar melhor as ações que eles precisariam realizar durante o período estágio, já que nas oficinas foi trabalhada a parte teórica e prática de atividades inerentes à opção profissional do curso em questão. Portanto, pode-se concluir que os alunos se sentiram mais seguros durante o estágio porque puderam participar de um trabalho metodológico diferenciado que teve como objetivo auxiliar a inserção segura e qualificada do aluno no campo do estagio supervisionado. Concluímos que o uso de métodos de aprendizagem que possibilitem o desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos de cursos técnicos profissionalizantes demonstra a preocupação na formação de profissionais de qualidade inseridos no mundo do trabalho.

Palavras-chave: Educação Profissional; Teoria e Prática; Estágio Supervisionado.


Comentários

  1. Parabenizo os autores pelo trabalho! Os alunos ouvidos eram de quais cursos? Vocês chegaram a pensar nos limites e nas potencialidades do uso dessas metodologias no que se refere ao trabalho docente? Caio Corrêa Derossi

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    1. Caio, os alunos eram do Ensino Médio Integrado em Técnico em Secretaria Escolar.
      Os alunos fazem estágios na secretarias das escolas, por isso nas oficinas tentamos criar um espaço semelhante ao local onde eles iriam estagiar e futuramente trabalhar.
      Sim, possibilidades do trabalho docente. Tentamos pautar essa metodologia a partir do trabalho de José Antonio Kuller, (metodologia do desenvolvimento de competência: os sete passos)

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  2. Prezados autores, parabéns pela pesquisa. Podem relatar como realizaram a avaliação do desenvolvimento das competências necessárias ao perfil do egresso?

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  3. Gislene, ao aplicar a metodologia do desenvolvimento de competências do Kuller para a construção e realização das oficinas a cada etapa avaliamos os resultados como o aluno aplicava as práticas pensadas para sua inserção no estágio, ou seja, como ele desenvolveria suas atividades in locus. Não usamos nenhuma avaliação classificatória, preferimos trabalhar a avaliação inicial para diagnosticar o que os alunos tinham retido dos conteúdos teoricos e seguimos auxiliando nas aprendizagens a partir das dificuldades observadas e relatadas pelos alunos, e para concluir o processo avaliativo, foi o resultado das oficinas a partir de sua atuação na escola campo do estágio.

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  4. Caio e Gislene Obrigada pelo interesse em nosso trabalho. Convido vocês a conhecer o material desenvolvido pelo Kuller, é muito bom para usar na EP.
    Boletim Técnico do Senac. A revista da Educação profissional. Volume 38 n.1 Janeiro/Abril de 2012. Uma metodologia do desenvolvimento de competências.
    É fácil localizar na internet.
    Abraços

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    1. Marly, muito obrigada pelos esclarecimentos e também pela indicação do material. Abraços

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  5. Parabéns pelo trabalho! Ao final do estágio, principalmente os estágios feitos fora da instituição, são coletados dados nos relatórios finais de maneira burocrática que, muitas vezes, não são utilizados para melhorar processos educativos. Vocês trouxeram um belo exemplo.

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